terça-feira, 22 de março de 2011

Moda Solidária

Salut!

Li esses dias um artigo muito interessante na revista L'Express sobre a moda solidária. A moda não tem somente o seu lado frívolo. Longe dos clichês de luxo, a roupa pode ser uma vertente da solidariedade. Um verdadeiro remédio contra a crise.

Na França existem inúmeras associações onde existe este tipo de moda. Endereços como a "La Friperie solidaire"onde seus funcionários são em geral, precários, fragilizados, distantes do setor de trabalho. Às dificuldades profissionais adicionam-se problemas de alojamento, de saúde e de dívidas. A Friperie tem como objetivo ajudar estas pessoas a encontrar dignidade através do trabalho.

Através de inúmeras atividades, como a coleta de roupas, a triagem, a lavagem, a repassagem e as costuras, homens e mulheres saem de lá, conseguindo se inserir novamente na sociedade.

Uma das associações que conseguiu espaço na mídia, com este tipo de moda solidária, foi a "Tissons la solidarité", criada em 2004, sob o mesmo princípio da inclusão social, principalmente a das mulheres. Na primavera do ano passado, a associação organizou um desfile na "Cité de la mode e du design" em Paris, e tiveram como padrinho ninguém menos que Christian Lacroix.

As costureiras desfilando cada uma sua própria criação, composta por roupas recicladas e redesenhadas com a ajuda de estilistas profissionais. E logo após o desfile, ainda se lançaram na criação de uma grife que terá duas coleções por ano. Baseadas exclusivamente nas roupas de segunda mão. Ai vão alguns modelos da coleção Primavera-Verão 2011.


No Brasil, este tipo de moda é pouco utilizada. As pessoas preferem se vestir da mesma forma e não pensam que o seu próprio corpo precisa estar de acordo com a moda do momento.

Na França e em vários lugares da Europa, uma parte da população aproveita para comprar clássicos que nunca saem de moda, sem gastar muito dinheiro, nestas boutiques de segunda mão. As mulheres atualmente estão a procura de roupas customizadas, reflexo da compra responsável e solidária.

Cabe a cada um julgar qual o seu tipo de moda. Ou até misturá-la, por que não. Roupas novas e de segunda mão.

Bisous,

Teresa.

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